X-Men: Primeira Classe

•junho 28, 2011 • Deixe um comentário

Este já está no cinema, Vale a pena conferir!

Em breve postarei algumas resenhas criticas de alguns filmes baseados em quadrinhos e suas referências.

Até lá, bons filmes pra vocês.

Capitão América no cinema

•junho 28, 2011 • Deixe um comentário

E a MARVEL não para. Julho esta aí, trazendo mais uma “novidade”:

Capitão America – O Filme.

Bom, se ficar pelo menos parecido com Homem de Ferro, já tá bom.

 

A Guerra Fria e os “benefícios” da radiação

•junho 23, 2011 • Deixe um comentário

No final da segunda Guerra Mundial duas superpotências saem como grandes vencedoras: os Estados Unidos da América e a União Soviética. A partir daí o mundo presencia quase cinco décadas de bipolarização, em que a intimidação através dos meios de comunicação de massa torna-se a principal forma de ataque e defesa de ambos os pólos. Sendo assim é claro que as historias em quadrinhos não ficariam isentas de refletirem este conflito em suas páginas.

A Guerra Fria foi um período em que a guerra era improvável, e a paz, impossível.”

Raymond Aron


Os autores nesta época criaram não apenas ficções e obras de mero entretenimento, mas sim iconografias do momento em que viviam, onde os inimigos dos E.U.A se tornaram os vilões das HQs e os ideais americanos continuavam a ser ilustrado através dos Heróis reproduzindo o mesmo que fora feito durante a Guerra anterior.

 

Um dos fatos que mais inspirou as HQs dos anos 60 foi a Guerra do Vietnã, contudo, ironicamente o antes e depois deste conflito não fora reproduzido com fidelidade nas mãos dos roteiristas, que insistiram em mostrar um Estados Unidos vencedor mesmo após a derrota humilhante nas mãos dos “soldados” vietnamitas. Além desse fato ficava claro a afirmação capitalista sobre o comunismo de acordo com a visão das editoras americanas, empregando sempre o caráter negativo ao sistema comunista.

A Marvel Comics apresentou nesta época o seu arsenal de heróis, composto por: Quarteto Fantástico, Hulk, Homem de Ferro, Homem Aranha e muitos outros.

 

 

 

 

O Quarteto Fantástico e a “corrida espacial

Com seu primeiro gibi lançado em novembro de 1961, poucos meses depois do cosmonauta soviético Yuri Gaurin ser o primeiro homem a viajar para o espaço (um vôo orbital realizado em 12 de Abril de 1961) e aproximadamente uma década antes do astronauta americano Neil Armstrong pisar na Lua (20 julho de 1969), o Quarteto Fantástico entra no time Marvel e plena a fase de “corrida espacial” entre E.U.A e URSS, ou seja, nada mais conveniente.

A alusão a Guerra Fria está presente desde a narração introdutória;

“(…) os EUA estão numa corrida espacial com uma potência estrangeira”.

Outra alusão é o aparecimento do arquiinimigo Doutor Destino, que governava literalmente com mãos de ferro um pequeno país do Leste Europeu, bem na região onde se concentravam os países do bloco socialista. O nome desse país se chamava “Latvia” na versão original, em português, Letônia, na época uma das repúblicas que compunham a URSS. O próprio visual do vilão, com sua armadura de ferro, faz referência à “Cortina de Ferro”, a expressão popularizada pelo ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill para se referir aos países da Europa oriental que ficaram sob influência da URSS após a Segunda Guerra Mundial;

 

“De Stettin, no Báltico,a Trieste, no Adriático,uma cortina de ferro desceu sobre o continente (europeu)”

 Winston Churchill

O Incrível Hulk e o eufemismo atômico

O que na vida real mataria Bruce Banner com leucemia e queimaduras por superexposição a radiação, o transforma em um monstro verde (na verdade era para ser cinza, mas um erro de impressão fez os desenhistas repensarem sobre a cor do personagem) e extremamente forte toda vez que se enfurece. Um dos fatos que chama atenção dentro do contexto histórico de 1962 (época da primeira aparição do Hulk) é que nas primeiras páginas que contam como o Dr. Bunner se transformou em Hulk, aparece um espião Iugoslavo como responsável pelo acidente.

Esse espião, Emil Blonsky, por inveja dos talentos científicos de Banner, resolveu dar continuação à contagem de explosão da bomba gama, enquanto Bruce tentava salvar um adolescente que furara o bloqueio penetrando na base de testes.

O Iugoslavo nos quadrinhos de Hulk possui uma simbologia bem relevante já que naquela época, houve vários relatos de espionagem, além disso, a Iugoslávia era um dos países do Leste Europeu onde os comunistas haviam chegado ao poder.

(No entanto, os iugoslavos eram um caso à parte: o então governante do país, o marechal Tito, principal líder da resistência contra os invasores alemães durante a Segunda Guerra Mundial, não seguia todos os ditames da União Soviética; por isso, o modelo socialista adotado na Iugoslávia era um pouco diferente daquele que predominava nos outros países do Leste).

Até o fato de Banner ser físico nuclear tinha relação com a Guerra Fria. Desde o Projeto Manhattan (o qual desenvolveu as bombas atômicas que foram lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki), os físicos nucleares tinham “importância estratégica” para o governo dos EUA.

 

Vale recordar que, segundo alguns historiadores, as bombas atômicas usadas contra o Japão marcaram não apenas o fim da Segunda Guerra Mundial, mas o começo da Guerra Fria.

Homem de Ferro e a Paz Armada

Um ano depois da aparição do Incrível Hulk, a Marvel Comics lança em 1963 o personagem mais direitista de todos os tempos: o Homem de Ferro. A visão política norte americana está em todos os pontos desde o legado de família de Tony Stark até seu confinamento nas mãos dos vietcongues.

Na historia em quadrinhos do Homem de Ferro, a Starks ( empresa que Tony herdou) fabrica armas e equipamento para o Exército dos EUA, a primeira história surgiu aproximadamente dois anos antes de os EUA intervirem maciçamente no Vietnã.

Essa ação militar objetivava deter o avanço do comunismo na Ásia, como os americanos já haviam feito (com ou sem sucesso) na China e na Coréia.

A Guerra do Vietnã é um exemplo dos vários conflitos localizados que ocorreram durante a Guerra Fria: as duas superpotências evitavam um choque militar direto, mas procuravam manter ou aumentar suas áreas de influência, interferindo direta ou indiretamente em guerras em outras partes do mundo, sobretudo na Ásia e na África. 

Mais uma vez a visão política estadunidense se coloca a frente nas HQs, com episódios que relatam espiões e agentes estrangeiros como os principais vilões. Quando Tony é aprisionado por Wong Chu noVietnã por exemplo, ele é obrigado a criar uma arma de destruição em massa, mas ao contrário ele cria uma armadura para fugir de seu cativeiro.

Um fato interessante é que a mensagem político-ideológica fez com que os vilões passassem a ser de outras nacionalidades em histórias vindouras, à medida que iam se apresentando novos inimigos reais aos E.U.A (como foi o caso do filme lançado em 2008, onde os inimigos são do Oriente Médio).

O Homem-Aranha e a teia ideológica 

Embora a origem do Homem-Aranha (criado por Stan Lee em parceria com o desenhista Steve Ditko) fosse outro absurdo científico dos gibis da Marvel, ela também refletia o clima da época. Na história original (publicada em maio de 1962 no último número da “Amazing Fantasy”, gibi que publicava histórias de terror e ficção científica), o estudante Peter Parker é picado por uma aranha radioativa.

A história fez tanto sucesso que, pouco depois, o herói aracnídeo passou a estrelar seu próprio gibi.

Esta versão reflete sua respectiva época: quando a primeira revista foi publicada, a ciência da moda era a física nuclear, por causa do horror e, ao mesmo tempo, o fascínio que a energia atômica despertava nas pessoas (o medo de uma guerra apocalíptica, o uso da radioterapia na medicina, as usinas atômicas como fonte de energia)

Ironicamente nesta época a moda era a criação de heróis modificados pela radiação com “mutações” que traziam poderes especiais para suas vidas, ao invés de os deformarem ou mesmo causar suas mortes como seria em uma situação real. Muito conveniente para um país que estava em fase de pesquisas incessantes com energia nuclear.

 

Origem Secreta: A História da DC Comics

•junho 23, 2011 • Deixe um comentário

Vale a pena conferir o documentário que retrata a história da DC Comics (é claro que tudo é mostrado de modo mágico e sem levar há um pensamento critico, já que se trata de um video quase que institucional). Mesmo assim está bem produzido, e dividido em 6 partes em ótima qualidade no youtube:

Espero que curtam.

A “Era de Ouro” e a “Era Negra”

•junho 23, 2011 • Deixe um comentário

O período de 1938 até o final dos anos 50 ficou sendo conhecido como a era de ouro dos quadrinhos, o período onde o meio ganhou grande popularidade entre os leitores americanos.

Na mitologia, a Era de Ouro representa o domínio dos Titãs, assim se conclui que foi a fase de maior prestigio e maior criatividade dos roteiristas, aproveitando a oportunidade das crises e guerras para divulgar seu trabalho e defender suas causas.

Ao final da Segunda Guerra Mundial, os quadrinhos de Super-Heróis começaram a ter uma queda de leitores e popularidade, perdendo espaço para os quadrinhos de ficção científica e tempos depois freados pela censura.

Nas décadas de 40 e 50 os quadrinhos norte americanos sofreram um forte impacto das ações anticomunistas, geradas a partir de fatos como a derrota dos nacionalistas na China e o inicio de testes nucleares na URSS.

Durante o mandato de Harry Truman (presidente dos E.U.A no período de 1945 a 1953) criou-se o Comitê contra as Atividades Antiamericanas, proposto pelo senador Joseph McCarthy em 23 de setembro de 1950.

Este comitê tornou-se uma verdadeira “caça as bruxas” denunciando e perseguindo tudo que era considerado comunista ou propagador de idéias subversivas. Este período foi denominado “macartismo” e é nele que surge o verdadeiro “arquiinimigo” das HQs: o Comics Code (o código de ética das comics).

Comics Code - Selo de Autorização e Censura

Este código propunha um “padrão de moral” censurando histórias com conteúdos considerados inadequados na visão moralista do comitê, ou seja, as HQs sem o selo de liberação seriam retiradas das bancas ou impedidas de sua publicação no caso dos materiais criados depois da criação do código.

Iniciava-se então a “Era Negra” das revistas em quadrinhos em paralelo a “Era de Ouro” das mesmas, pois a popularidade das revistas cresceu tanto que a própria superexposição tornou-se responsável pela forma também pejorativa do povo americano encará-las.

Até mesmo alguns super-heróis que serviriam de deposito do patriotismo americano não escaparam da repulsa moralista como foi o caso da Mulher Maravilha e da dupla Batman e Robin, todos acusados de instigar o homossexualismo nos jovens.

O público estava cego pelo “macartismo” e começa então uma luta contra as HQs vistas como demoníacas para a juventude, com queima de revistas e protestos contra personagens “subversivos”. Em outras palavras, era a reação provocada na preocupação fanática de se manter o estilo americano durante os “anos dourados”.

Roteiristas e desenhistas nada imparciais

•junho 23, 2011 • Deixe um comentário

Havia roteiristas e desenhistas de outras nacionalidades que também não se mantiveram de forma neutra diante da situação. Isso se deve ao fato da maior parte deles ser composta de filhos ou netos de imigrantes vindos da Europa para a América do Norte, na tentativa de fugir das constantes perseguições sofridas pelo Nazismo em suas terras Natais. E naturalmente estavam preocupados com a situação de seus familiares que ainda residiam na Europa.

Essa equipe formada por estrangeiros, obviamente descontentes com o Nazismo de Adolf Hitler, tinha razoes pessoais para criar vilões como o Caveira Vermelha e colocar um herói com traços nórdicos o derrotando a cada episódio.

Jack Kirby

 

Outro ponto de grande importância para tais analogias se dá pelo fato da maioria dos roteiristas serem judeus, por isso a grande vontade de fazer publicidade antinazista, já que os judeus eram as maiores vítimas dos nazistas.

Bob Kane

Pode se citar como roteiristas e desenhistas judeus: Jerry Siegel e Joe Shuster (Super-Homem), Bob Kane (Batman), Jack Kirby, (Capitão América) e Will Eisner (Spirit).

 

Will Eisner

 

Fato interessante é que nessa mesma época para fugir da discriminação esses mesmos roteiristas passaram a usar pseudônimos para esconder sua origem, dentre eles estão o criador do Batman, Bob Kane e o co-criador do Capitão América, Jack Kirby.

 

 

Jerry Siegel e Joe Shuster

O Super-Homem é um judeu?!

•junho 23, 2011 • Deixe um comentário

Os Criadores e a Criação

O primeiro herói a ser conhecido foi o Super-homem criado em 1933 (criado pela dupla Joe Shuster e Jerry Siegel) , mas só tendo sua primeira publicação em 1938.

O Super-homem nasceu em um planeta fictício Krypton, foi chamado por seus pais de Kal-El .Era o exemplo ideal de caráter, forte , com grandes valores éticos, belo, defensor dos fracos.

Adolf Hitler desejava uma raça pura e superior, mais foi em uma alienígena boa praça, de poderes sobre humanos e caráter irretocável que tal semelhança pode ser vista.

Superman contra o Nazismo

Como os demais heróis americanos, o Super-Homem também era usado para fazer apelo ao patriotismo. Durante a Segunda Guerra Mundial fora lançada uma HQ em que o super-herói formava junto com os soldados as fileiras contra o império nazista, a pedido do presidente Roosevelt.

Essas histórias mostravam o Super-Homem no campo de batalha contra Hitler. Por conta disto surgiu à famosa frase dita pelo homem que dominava os MCM (meios de comunicação de massa) em prol do Nazismo, o ministro de propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebbels:

– O Super-Homem é um judeu!

 

E não é que  Goebbels  tinha razão… Veja por que na próxima postagem:

Roteiristas e desenhistas  nada imparciais

Criam-se Heróis para a Guerra

•junho 23, 2011 • Deixe um comentário

Tropa de Elite dos Quadrinhos

A necessidade por novos modelos que servissem de inspiração a humanidade foi também intensificada pela corrida imperialista e eminente ameaças de guerra. O arquétipo de herói que acompanha as HQs dá época é colonizador, possuidor de caráter axiológico, ou seja, faz as obrigações morais dependerem de valores.

O sociólogo Jacques Marny, escritor do livro “Sociologia das Histórias aos Quadradinhos”, define o arquétipo do Herói da seguinte forma:

Capitão Marvel (Shazam pela DC)

“Em primeiro lugar, deve ter um corpo perfeito, uma musculatura impecável, tão mostrada quanto possível. E uma fisionomia aberta e simpática em que se reconhece o protótipo do americano – tal como sonha ser -, de nariz curto, maxilares quadrados (símbolo de decisão) e, por vezes, um vinco delicado no queixo. Isto corresponde de tal maneira à verdade que os criadores europeus o talharão pelo mesmo padrão. Em resumo, é do tipo ariano…” (Marny, 1970, p. 124).

A partir desse momento os quadrinhos passam de um meio de entretenimento para um meio de difusão de idéias de convencimento, onde o herói, pela sua própria existência, passa a ser o veículo dessa mensagem.     


Tarzan

Tarzan - O Primeiro Herói Colonizador

No ano de 1929, nos EUA surge a primeira HQ de Tarzan (o livro já havia sido lançado em 1912), que era visto como o modelo exemplar do herói dos quadrinhos.

Tarzan, filho de ingleses, é o rei das selvas da África, dos primatas e nativos, que se depara com civilizações antigas, exóticas, e promove a justiça e a ordem à selva. Por detrás da fachada de “missão civilizadora”, o que podemos de fato presenciar é uma missão colonizadora.

Posteriormente influenciou a nova safra de heróis que surgiu no período no auge no gênero aventura com a idéia colonizadora.

 

 

 

Capitão America Way of Life

Capitão América

Em 1941 é criado o Capitão América, o americano e soldado perfeito. O capitão América não foi o primeiro super-herói, mas foi um dos primeiros a ter histórias engajadas na luta contra o nazismo.

Steve Rogers, o Capitão América, tinha tudo que poderia representar de incentivo ao povo americano para se recuperar da Depressão e ganhar a Segunda Guerra: franzino, numa casa humilde de madeira, em uma rua pacata do interior, o jovem Steve se alista no exercito para defender seus pais e seu país da ameaça nazista, todavia por ser muito magro foi deixado de lado, porém não esquecido.

Acabou sendo recrutado e virou cobaia para a criação do projeto “super soldado”. Com sucesso, agora alto, forte e idealista, armado de seu escudo e do American Way of Life, foi à guerra com os outros heróis.

 

 

Caveira Vermelha

O Capitão América tinha como seu principal inimigo o Caveira Vermelha, Vilão nazista, que fazia referência a Adolf Hitler. Ironicamente, Hitler procurava o ideal de “raça pura”, e o Capitão América se enquadrava nele: era alto, forte, olhos azuis, cabelos loiros, ou seja, o padrão de beleza nórdica que Hitler tanto admirava.

Na realidade não existia soldado nazista que usasse o símbolo de uma caveira, pois os mesmos se revelavam em cartazes publicitários sempre belos, enquanto judeus eram representados como monstros.

Mesmo sabendo do apoio do governo à Inglaterra antes ao ataque de Perl Habor, o povo norte-americano defendia a idéia dos EUA se manterem afastado da Segunda Guerra, evitando envolvimento. Os quadrinhos já mostravam o Capitão América e outros heróis enfrentando o Eixo, que era uma representação à aliança entre soldados alemães e japoneses

Roosevelt, capa e cueca por cima das calças

•junho 23, 2011 • Deixe um comentário

No inicio do século XX, os Estados Unidos viviam uma das melhores fases da sua história, um período de prosperidade e grande desenvolvimento, porém já em 1925 o país começou a passar por dificuldades devido aos prejuízos e baixas ocasionados pela Primeira Guerra Mundial e a recuperação dos países europeus, principais consumidores dos produtos americanos, que tiveram suas cidades parcialmente devastadas em função da mesma.

1929 - Tempos de crise

Outro fato que agravou a situação do país fora os salários desproporcionais à grande produção, gerando um grande índice de desemprego.

Para tentar resolver esse problema de abrangência mundial, o presidente eleito, Franklin Roosevelt, propõe um sistema para uma intervenção econômica chamado “New Deal”, onde se tratavam de vários  programas; dentre eles grandes obras de infra-estrutura, salário-desemprego, assistência aos trabalhadores e concessão de empréstimos. Gradativamente os EUA se recuperam desta crise que abalou a economia mundial.

E neste cenário, nascem os nossos primeiros “soldados de papel”…

Na década de 30, mas precisamente em 1938 a DC Comics lança a primeira história do hoje mundialmente famoso Superman. A mensagem de patriotismo já está dita através do uniforme do personagem, azul e vermelho: as cores da bandeira norte americana.

Superman surge nos quadrinhos em um período em que o gênero aventura esta em vogue, por demonstrar a visão individualista e capitalista que se mantinha hegemonicamente no mundo ocidental.

Contudo, nas entrelinhas dos episódios do homem de aço está o nosso presente objeto de estudo: a visão político ideológica. Superman é Clark Kent e não o contrário, ou seja, é o mito messiânico do Deus que se transforma em homem para salvar a humanidade. E essa divindade, segundo Jerry Siegel e Joe Shuster (criadores do herói), veste as mesmas cores da bandeira dos E.U.A.

Um fato curioso é que na verdade o Superman fora criado em 1933 no mesmo ano em que Franklin Roosevelt inicia seu mandato, que vai até 12 de Abril de 1945. Alguns historiadores enxergam a figura do personagem como uma ilustração da recuperação da crise de 1929. Veja mais detalhes importantes desse herói no post Criam-se heróis para a guerra.

Franklin Roosevelt e Clark Kent

O início do “Império de Papel”

•junho 23, 2011 • Deixe um comentário

Surgem no início do século XX as grandes editoras DC e Marvel Comics, criando ícones que reforçaram a posição ideológica dos E.U.A, em relação primeiramente a crise e, logo após, aos inimigos de Guerra. personagens como Capitão América, Homem de Ferro, Hulk e até mesmo o legendário Super-Homem, foram criados com a pretensão de se tornarem representantes do sentimento ultranacionalista.

Superman - Mais Patriota que o Capitão America

Com a popularização dos Super-Heróis na década de 40, as HQs vivem o que foi denominado “Era de Ouro”. Até o final dos anos 50, houve uma massificação deste meio de comunicação gerando uma procura incessante por parte dos ávidos leitores.

DC foi fundada em 1935 com o nome de DETECTIVE COMICS, que foi o nome da primeira revista lançada no início de 1937 e foi também a revista em que surgiu BATMAN, A DETECTIVE COMICS foi fundada pelo Major Malcolm Wheeler-Micholson, mas o grande nome da editora foi o editor Harry Donnenfeld.

Personagens Famosos da DC Comics

Seus personagens mais conhecidos são os super-heróis mais antigos: BATMAN, SUPERMAN, MULHER-MARAVILHA, FLASH, ARQUEIRO VERDE, LANTERNA VERDE, ETC.

A Marvel Comics foi fundada nos anos 30, por Martin Goodman, como Timely Comics. A sua primeira publicação ocorreu em 1939, com o primeiro número da revista Marvel Comics, onde se deram as primeiras aparições do super-herói Tocha Humana e do anti-herói Namor, o Príncipe Submarino. Nos anos 40, a Timely tornou-se conhecida por publicar o herói patriota Capitão América.

Capa da Enciclopédia Marvel